Pensar no que digo, para dizer o que penso!

18 novembro 2008

Professora que ensina em Coimbra...

Li há dias um artigo do Jornal de Notícias, em nome de Maria do Rosário Gama Presidente do Conselho Executivo da Escola Infanta D. Maria ( a escola mais bem * classificada nos "rankings" ), que me fez reflectir sobre a polémica dos professores e o "braço de ferro" que está instalado com o governo e vice-versa.
Não pretendo concretamente aumentar ou, de outro modo, criticar o que quer que seja, mas lembrei-me de submeter, aos meus amigos, alguns comentários desta professora que, desconhecendo-a, não posso deixar de a admirar pelo seu arrojo e pelo seu sentido interveniente e ímpar:

« Disse muitas vezes que íamos pagar caro o laxismo » - Este é o título do artigo.
« Antes de os professores serem obrigados a estar mais tempo na escola disse muitas vezes que íamos pagar caro aquilo que se passava - a degradação da imagem do professor. O facto de haver quem desse 12 horas por semana e fosse para casa, de haver gente que claramente não tinha gosto em ensinar. As pessoas têm de gostar dos alunos... sou a favor de uma avaliação que realmente distinga os que trabalham dos que não trabalham. » - 2º. e 3º. Parágrafos do mesmo artigo.
« Nunca tive alunos muito difíceis com os quais sentisse que não conseguia fazer nada. Impus regras nuito rígidas no regulamento, até me chamaram fascista. Ninguém entra de boné na cabeça, acho que é uma regra social, e ninguém pode usar telemóvel. Se alguém está com um telemóvel na aula é retirado e fica na minha secretária, para que os pais o venham buscar. Já houve um pai jurista que me disse que não tinha o direito de o fazer. Mas há cacifos, os alunos podem muito bem deixar o telemóvel no cacifo. É importante haver regras. » -Fim do artigo.
Esta professora, recorda-me os professores do meu tempo, provavelmente um tanto mais actualizada aos "novos tempos", mas, mesmo assim gostaria de a conhecer pessoalmente, para lhe dizer:
- O País precisa de si e deve-lhe uma homenagem, quando se aposentar SENHORA PROFESSORA.
Joantago


* Eu preferiria escrever "melhor" em lugar de "mais bem", mas enfim, são coisas de jornalistas...!