Pensar no que digo, para dizer o que penso!

21 abril 2011

O Povo e sempre o Povo.

As vozes de protesto só se calam,
Quando há mudança, por conveniência;
Os ânimos, já não estão exaltados
E o Povo, sereno, tem mais paciência...

Sabem que, a seguir, vêm outros tais,
Tão iguais aos que saíram governados,
Com as mesmas palavras, os embalam,
As mesmas festas, discursos idênticos...

Mas que ninguém fale em trabalhar,
Porque, não é assim que se ganham eleições;
Que é repetição, sabemos, até demais...

Agora, virem-nos a atrapalhar,
Sem nos darem hipóteses a manifestações?!
Não há direito dos pobres quererem ser ricos!

14 abril 2011

Tridimensional.

Não sei até que ponto é que este assunto nos pode "incomodar", dadas as circunstâncias e descontrolo absoluto (para não adjetivar ainda de outra forma como IRRESPONSABILIDADE, INCOMPETÊNCIA E LOGRO) em que o País se atolou, para que os outros nos venham governar!
Isto escrito, leva-me a preocupar em três linhas de ideias que quase se diluem umas nas outras:
Se, por um lado, vemo-nos confrontados com a questão política, sobre a qual incidem a oclocracia e a vilanagem, esta, representada por figuras completamente imorais e descredibilizadas, resulta-nos em desconfiança e cepticismo, tanto que ninguém sabe como vislumbrar uma saída de conforto num futuro a longo prazo; está em causa, muito seriamente, o futuro (o nosso, desde logo, e o da geração mais nova e das seguintes), com sinais já evidentes de famílias que vivem no desespero;
Depois, não menos valorizada, a religião, em que os seus principais dignitários, explorando a fé dos crentes, camuflada e frequentemente, são designados como autores de autenticas mafias sociais nos crimes de pedofilia, prostituição, lavagem de dinheiro, tráfico de influências, drogas, armas e outras;
Por último (na linha deste raciocínio presente), o futebol e os programas televisivos, que são verdadeiros instrumentos de bestialidade (há quem os designe como brutalizantes); então temos primeiro a máquina complexa, infernal, milionária e ultrajante de negócios de "gado" (os jogadores, treinadores e outros actores), para a qual contribuem, em grande parte, os indivíduos que não têm como sustentar a família e a eles próprios e pagarem as suas dívidas; segundo, é uma impressionante constatação (ironia) a forma sensível e desinteressada, como os apresentadores, batem recordes de audiências, com a desgraça alheia, de famílias destruturadas e a seguir apresentam soluções rápidas e eficazes, para os problemas desses (permitam-me o termo) desgraçados!
Modestamente, quem sou eu, para criticar o que quer que seja?