Pensar no que digo, para dizer o que penso!

03 janeiro 2014

Viver eternamente?

O tempo responde, por si, na ocasião E demora, pela sua sensatêz característica; Assertivamente, projecta-se na eficácia Contra a impaciência do que espera... A esperança que desanima e que alenta Não morre ou fá-lo tardiamente, Mas o tempo dá tempo a que se resolvam As situações entre os contendores E isto é que ninguém, mais sábio, explica Pelo conhecimento, a vontade e a experiência E cada um, conformado, satisfeito aguenta Toda a calma, toda a angústia que perdera. Qualquer um gostaria de viver eternamente Conquanto os seus pecados se absolvam, Pela ironia de ter vivido alguns amores... Joantago

01 abril 2013

A ansiedade e o silêncio.

A ansiedade que sinto perturba-me
Pela incerteza da vida, na distância,
E remeto-me a um silêncio estranho,
Como se me coubesse o aval do destino!
Não me dever possuir na pretensão
De um endeusamento incoerente,
Afigura-se-me um momento aflitivo;
Depois, a esperança nostálgica resigna-me
Numa espécie louca de perder a paciência
Comigo, com a minha grande confusão,
Sobre o que me passa ao lado, na mente,
Quando a razão vacila no desatino
De um poder absoluto, que não tenho,
E da competência pertença de um ser divino.

24 janeiro 2013

Vira o Disco e Toca o mesmo.


Não concordo com este chavão - "Vira o Disco e Toca o mesmo". A minha opinião é de que isso não é possível porque (tal como uma moeda) o disco tem um lado “A” e outro “B” que, por consequência, não podem conter a mesma música, com o mesmo compasso, a mesma sonoridade! Nem o disco tocará o mesmo porque as coisas estão em constante mutação, outrossim notarem-se as diferenças desta forma:
Imagine-se que de um dos lados estará o bem e do outro encontrar-se-á o mal, logo, não é possível diluírem-se um no outro porque não se achará coisa nenhuma!

Então vira-se o disco consoante a situação, o estado de equilíbrio emocional, o problema que se nos depara e até antes de se analisarem as consequências e o nível dos objectivos que cada qual se propõe.

É necessário, pois tem que ver com a própria vida, tocar-se sempre o disco até este ter energia suficiente para se alimentar; faz parte do destino.
O indesejável, ao tocar-se o disco, é quando algo troca, inesperada e inexplicavelmente, um dos seus lados, ou seja, vira-o propositadamente…

Joantago

18 janeiro 2013

Fakelaki.

Este termo (grego) surge-me para atenuar a sua "carga", em relação à prática da corrupção em Portugal. A generalidade desta modalidade na obtenção de serviços e que passa pelos "pequenos favores" aos prestadores e aos seus superiores hierárquicos, que têm como referência o exemplo da classe política, submete o cidadão comum a um esforço suplementar e por vezes brutal, no sentido de conseguir os seus direitos, legais e formalmente dispostos na Constituição Portuguesa.
Porém, este monstro, gerado e criado nos partidos políticos, constitui-se como uma máquina de favoritismos e proteccionismos, da base ao topo e vice-versa, onde tem especial lugar os indivíduos parasitas e sociodependentes pelas trafulhice, falsidade, manipulação, ganancia, presunção e velhacaria.
" Nenhum político acredita no que diz e fica sempre surpreendido quando vê que os outros acreditam nele" (Charles De Gaulle) - inexplicável este poder de sedução em que "a malta papa tudo"!
A honestidade não tem cabimento neste caminho obscuro, imundo e implacável.
"Uma droga!" - Diz-se.
Pior. A politicodependência tem, curiosamente, uma particularidade interessante: a ascensão e a queda dos seus protagonistas estão intimamente ligadas, e a sua duração é tão precária que terá de haver, por parte dos mesmos, loucura e inconsciência suficientes, para arriscarem momentos de glória mas com garantias de uma vida desafogada no final.
A melhor vantagem é, sem dúvida, algum desconforto pela sujeição a eventuais processos de peculato e outros crimes de benefícios (in)devidos, que se arrastam nos Tribunais, mas que acabam por compensar, por virem a ser arquivados ou por prescreverem, em conformidade com uma lei, convenientemente elástica e confusa, ou não fosse parida por legisladores intencionalmente habilidosos e cúmplices.
Se somos responsáveis ou não por esta evidência, por via das dúvidas e pela nossa própria sobrevivência social, mais vale contribuirmos com o respectivo "Fakelaki"!

Joantago

14 janeiro 2013

Sempre achei...


Descer, descer continuamente…
Estamos a descer para o abismo,
Sem evitarmos o caos, o perigo…
Esta descida começou há muito,
Primeiro, sem notarmos, lentamente
E agora, num galope desenfreado!
Se nos empurraram? Não sei…
Não sei se fiz com que me empurrassem;
Sei apenas que está a ficar escuro,
Que nada vejo porque não consigo
E que cada vez mais acredito,
Que jamais nisto pensei!
Será o fim do meu ilusionismo
Ou o futuro que me está reservado?
Mas, que diabo, sempre achei
Que os entendidos encontrassem
Nesta tormenta, um porto seguro!

09 novembro 2012

Cidadania.


O dever de cidadania remete-nos para obrigações que devem suplantar o comodismo e a apatia, entre outras demissões facilmente apelativas.

O povo é paciente outrossim tolerante, mas conhecedor do limite.

A crítica é necessária e deve ser oportuna, para que imperem o bom senso e a harmonia.

As iniciativas tomam-se de acordo com os objectivos, sempre relevando a seriedade, por parte dos seus responsáveis.

As palavras, interpretadas no seu verdadeiro significado, tem uma importância tal, que, devem ser medidas as suas consequências, consoante o benefício ou prejuízo.

A mudança é aconselhável, tendo em conta a viciação do poder, porque a ambição e a prepotência estão intimamente ligadas e há que proporcionar oportunidade à diferença.
Joantago

17 outubro 2012

Características de um Povo Singular.


O português é assim: Faz pouco, mal, de má vontade e sempre a delegar culpas e responsabilidades em outrem, no seu País. Histórica e cientificamente provados, são os factos de ser eficazmente competente, esporadicamente reconhecido e permanentemente pretendido pelos estrangeiros como ser produtivo; faz bem, quando quer e quando o deixam (os compatriotas, seus principais contendores). Hipocritamente é solidário, dócil e não perde uma só oportunidade para gabar os seus feitos antecipadamente e á escala global. Não é por acaso que o seu espírito aventureiro (prova de que “santos da casa não fazem milagres”) impele-o para vingar além-fronteiras, onde procura instalar-se, começando quase sempre “por baixo”, para no mais curto espaço de tempo atingir a notoriedade e a importância a que se propõe; É conotado como colonialista ou colonizador, por incompreensão dos seus género e génio, pois as coisas só acontecem por parte de uns quando e se os outros deixarem. A história do povo português fez-se e faz-se com muita fantasia, mesclada com interesses de manipuladores exímios e verdadeiramente oportunistas, que conseguem sobrepor a sua imagem, pretensamente imaculada, sobre os protagonistas antecessores. Possui uma tendência natural para a imitação, que consegue natural e artisticamente bem. É perito no desenrascar e prefere o remédio à prevenção. Nada a fazer contra a sua natureza intrínseca, restando duas opções: ou se ama, ou se odeia um português.
Joantago