Pensar no que digo, para dizer o que penso!

18 janeiro 2013

Fakelaki.

Este termo (grego) surge-me para atenuar a sua "carga", em relação à prática da corrupção em Portugal. A generalidade desta modalidade na obtenção de serviços e que passa pelos "pequenos favores" aos prestadores e aos seus superiores hierárquicos, que têm como referência o exemplo da classe política, submete o cidadão comum a um esforço suplementar e por vezes brutal, no sentido de conseguir os seus direitos, legais e formalmente dispostos na Constituição Portuguesa.
Porém, este monstro, gerado e criado nos partidos políticos, constitui-se como uma máquina de favoritismos e proteccionismos, da base ao topo e vice-versa, onde tem especial lugar os indivíduos parasitas e sociodependentes pelas trafulhice, falsidade, manipulação, ganancia, presunção e velhacaria.
" Nenhum político acredita no que diz e fica sempre surpreendido quando vê que os outros acreditam nele" (Charles De Gaulle) - inexplicável este poder de sedução em que "a malta papa tudo"!
A honestidade não tem cabimento neste caminho obscuro, imundo e implacável.
"Uma droga!" - Diz-se.
Pior. A politicodependência tem, curiosamente, uma particularidade interessante: a ascensão e a queda dos seus protagonistas estão intimamente ligadas, e a sua duração é tão precária que terá de haver, por parte dos mesmos, loucura e inconsciência suficientes, para arriscarem momentos de glória mas com garantias de uma vida desafogada no final.
A melhor vantagem é, sem dúvida, algum desconforto pela sujeição a eventuais processos de peculato e outros crimes de benefícios (in)devidos, que se arrastam nos Tribunais, mas que acabam por compensar, por virem a ser arquivados ou por prescreverem, em conformidade com uma lei, convenientemente elástica e confusa, ou não fosse parida por legisladores intencionalmente habilidosos e cúmplices.
Se somos responsáveis ou não por esta evidência, por via das dúvidas e pela nossa própria sobrevivência social, mais vale contribuirmos com o respectivo "Fakelaki"!

Joantago

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